domingo, 31 de agosto de 2008

Frio, parcialidade, furacões e laranjas...

Começo esse post acabando com a cruel questão da procedência das frases do post anterior. Elas são da personagem Magda do antigo "Sai de Baixo", em alguns textos eu deixarei um de seus interessantes pensamentos.

Eu não tinha assunto, mas decidi que o de hoje é o frio... Ou era para ser.

Eu gosto do frio, mas com o aquecimento global os invernos dos últimos anos estão se tornando mais amenos.

Obviamente eu sei que não há relações de fato entre o aquecimento global e a temperatura dos invernos, mas que faz tempo que eu não sinto frio como eu sentia quando era criança, é verdade.

Mas a questão não é essa, a questão é que as pessoas são muito estranhas e diferentes.

Há dias em que a temperatura está abaixo dos 12°C, vou até a sacada e vejo pessoas de camiseta de mangas curtas e até de bermuda.

Tudo bem que as pessoas são diferentes, mas nessas temperaturas tão baixas uma camiseta de mangas curtas é de congelar só de olhar.

Também é impressionante como certas pessoas ignoram as diferenças de temperatura que podem ocorrer em um dia, principalmente na cidade em que moro. Saem com pouca roupa e esquecem-se de levar um casaco, ou pior, nem consideram levar um casaco, pois acham que não vai esfriar tanto. E assim congelam.

Claro, estimado leitor, que cada um congela como quiser e eu não vou me intrometer na vida alheia sugerindo mais ou menos peças de roupa, mas que é estranho é; e muito.

Se elas não congelam, eu congelo, sozinho, não por falta de roupa, mas por causa da própria temperatura ambiente mesmo.

E agora, voltando à questão do aquecimento global, o mundo está mudando. E isso é visível e gritante. Basta você abrir uma revista ou um jornal e com certeza verá algo que pode ser relacionado com o aquecimento global. Mas cuidado leitor meu, não se engane com o sensacionalismo exacerbado dos meios de comunicação. Há uma tendência de exagerar os fatos, deixá-los mais complexos para chamar a atenção do leitor.

Não se iluda, achar que tudo ocorreu exatamente como está em uma reportagem ou em um artigo é enganar-se.

Uma notícia, por mais imparcial que seja, sempre tem um pouco de opinião do autor. Não há textos jornalísticos que apenas descrevem como algo aconteceu. Esses textos apresentam apenas uma versão do fato. O fato verdadeiro dificilmente será veiculado.

As notícias são exageradas, são escandalosas... São enganosas.

É muito fácil deixar se levar por esses enganos. Os furacões dos EUA e América Central são sempre exagerados, por exemplo. É claro que eles foram, e são terríveis e devastadores, mas esta é uma região propensa a esses acontecimentos climáticos, o problema é que eles se agravam devido ao aquecimento global. Ou seja, os próprios estadunidenses causaram os furacões que devastaram áreas de seu país.

Claro, não foram eles exatamente, mas sua contribuição foi decisiva para a intensidade dos acontecimentos.

Desculpe leitor, eu sei que são muitas informações para um texto que começou sem idéias, mas peço a você que continue seguindo a minha lógica, que logo eu termino.

Os fatos são manipulados pela mídia. E esse é um dos maiores perigos. O caso Isabella, por exemplo, está em alta ultimamente, mas o povo já se esqueceu de João Hélio. O fato é que a mídia não deu mais notícias então isso acaba no esquecimento. O povo se comove com uma pessoa desconhecida, se identifica nela, mas semanas depois já esqueceu, ou melhor, foi levada a esquecer pela mídia.

Os meios de comunicação têm esse poder, e para o mal ou para o bem nós temos que nos adaptar e saber discernir o que nos é apresentado.

Para concluir: o frio congelante, furacões, ciclones extratropicais, terremotos e violência; tudo está na mídia, exceto talvez o frio. E devemos prestar atenção para que não caiamos em histórias exageradas e completamente parciais.

Mais uma vez dileto leitor, desculpe pela quantidade de temas, mas uma coisa leva a outra e eu acabo me empolgando. Esse post talvez tenha ficado um pouco sem nexo, mas para isso basta ler a frase da Magda dessa semana e tudo se encaixará no lugar... Ou não.


"Para bom espremedor, meia laranja basta."


OBS: Esse post já tem vários dias e as condições climáticas já estão diferentes, mas a idéia central ainda se aplica. E sim, o caso Isabella já não está mais em alta, está esquecido...

sábado, 16 de agosto de 2008

O tempo...

Querendo ou não, tudo na nossa vida gira em torno do tempo. Já é um clichê dizer isso, mas é verdade. E não falo apenas do tempo normal, mas do tempo mais pérfido que existe: o tempo de espera. Nada é na hora. Uma loja com "pronta entrega" não entrega exatamente na hora que você acaba de finalizar a compra, ela geralmente demora horas para entregar, por exemplo.

Mas o leitor deve estar pensando por que pérfido? A resposta se encontra no fim desse texto, e para chegar até lá, dileto leitor, você deverá esperar, ler tudo que eu escrevi antes, e só então descobrir a resposta dessa pergunta. Difícil não?

Bem, comecemos então. Todos os dias esperamos alguma coisa: alguém deve ter esperado esse texto, muitos esperam um ônibus, o metrô, que o trânsito flua mais tranquilamente, que a corrupção acabe, que os roubos terminem, que a violência desapareça. E esperamos. Esperamos para ter aquilo que desejamos. Claro, nem sempre conseguimos. Esperaremos para sempre o fim da corrupção e nunca o veremos. Mas esse texto não é sobre isso, pode ficar tranqüilo leitor meu.

Crianças têm mais facilidade em se angustiar com a espera. São esperas fúteis, é claro, mas que para elas significam o mundo. Por exemplo: o Natal, o dia das crianças, o dia em que vai chegar um jogo legal, etc. Fúteis, mas nem tanto. Eu também espero o Natal, e qualquer leitor meu dirá o mesmo, considerando-se leitores normais que ainda são capazes de sonhar.

Aqueles que são incapazes de sonhar e de acreditar nas coisas, por favor, parem de ler.

Ok, ok, eu não posso controlar quem lê ou deixa de ler meus textos, mas posso tentar.

Antes de uma fuga do tema deixe-me voltar ao assunto. Todos anseiam o objeto da espera, por motivos variados. Mas ao esperar, o tempo passa vagarosamente e temos a impressão de que tudo demora mais quando queremos muito algo.

E agora leitor meu, a resposta da pergunta feita no início desse texto. O tempo é pérfido, traiçoeiro porque após uma longa espera, quando de fato obtemos aquilo que queríamos, o tempo volta a passar rápido, não aproveitamos o que aguardávamos e ainda nos esquecemos da longa espera pela qual passamos.

Após a obtenção daquilo que desejamos, não pensamos mais no quanto foi duro ficar na expectativa, ao mesmo tempo em que não aproveitamos aquilo que aguardamos por tanto tempo.

Mas bem, antes que você, caro leitor me diga que eu já repeti muito as palavras tempo, espera, e seus sinônimos, e acuse meu texto de ser circular e repetitivo, encerro esse post com duas frases, retiradas de uma antiga produção da televisão brasileira, proferidas por uma personagem sui generis. Deixarei que vocês reflitam, prezados leitores, de onde eu retirei estas frases, e colocarei no próximo post a resposta. Mais uma espera para suas vidas, mas nada de tão difícil que não possa ser feito:

"Tudo passa, o tempo passa, o ferro elétrico passa, até a uva passa." "Perdi a loção do tempo."